INHAME NA LUTA CONTRA A DENGUE: MITO OU VERDADE?

Ano após ano a dengue continua sendo um perigo para os brasileiros. Neste ano de 2012, em Minas Gerais a doença já fez quatro vítimas fatais. Em Fortaleza, o governo já confirmou a epidemia assim como o governo do estado do Rio de Janeiro. Diante da grave epidemia de dengue, surgem várias especulações sobre o que, de fato, evita a picada do mosquito. Entre as armas contra o mosquito, dizem, está o inhame.
De acordo com a nutricionista Gisela Peres, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, ainda não há nada específico que possa recomendar o inhame com a finalidade de evitar a dengue. Segundo Peres, tanto o inhame (marronzinho, pequeno e "cabeludinho", popularmente indicado para “limpar o sangue"), como complexo B ou o alho, quando ingeridos eliminam/dispersam odores na pele, "afastando" os insetos do corpo. “Mas para isso acontecer, tanto os alimentos quanto a vitamina devem ser ingeridos em grandes quantidades. Para obter a dose desejada, é preciso fazer uso de suplementos que contenham essas vitaminas e alimentos, hoje já encontrados em cápsulas ou em pó desidratado (no caso do inhame)”, explicou.
A nutricionista explica, ainda, que é preciso tomar cuidado ao consumir em excesso o complexo B. “O complexo B causa toxidez, o alho causa queimação e halitose insuportável. O Inhame, em grande quantidade, também não faz bem, mas deve-se criar o hábito de incluir esse tubérculo (inclusive as folhas) no cardápio, por ter a propriedade de manter a boa flora intestinal, o baixo índice glicêmico, e reduzir a absorção de colesterol pela grande quantidade de fibras em sua composição”, disse.
Manter uma alimentação equilibrada no dia a dia é essencial para reforçar o sistema imunológico, porque mesmo quem contrair a doença, terá o organismo mais fortalecido para uma recuperação mais rápida. Em caso de suspeita de estar infectado, é essencial procurar o médico e um nutricionista.

Algumas orientações nutricionais podem ser seguidas para recuperar o organismo debilitado. São elas:
1- Prestar atenção na hidratação efetiva e constante, com a ingestão de água, sucos e água de coco.
2- Fazer uma dieta equilibrada, variada e de fácil absorção rica em frutas, hortaliças e carnes magras, evitando alimentos gordurosos e salgados, temperos prontos, conservas, refrigerantes e bebidas alcoólicas.
3- Aumentar a ingestão de ferro através de carnes magras ou fígado de frango e o consumo de frutas ricas em vitamina C, como acerola, limão, laranja e caju para absorver o ferro ingerido.
O paciente deve fazer repouso e, se faltar apetite, fracionar a alimentação a cada 2 ou 3 horas no máximo, com porções menores. Em casos extremos de náuseas e vômitos causados pela febre e mal estar, pode-se fazer uso de suplementos alimentares balanceados (vendidos em farmácias e até em supermercados. Não consumir o que é vendido para atletas), que são ricos em proteínas e vitaminas e podem ser adicionados aos sucos, caldos e leite.